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VALORANT: queda alarmante do MIBR no fim do primeiro semestre liga alerta

junho 12, 2025

junho 12, 2025

4 minutes
Equipe brasileira, que havia feito uma fase de grupos e parte de playoffs forte, vem enfrentando dificuldades dentro dos servidores; Desempenho preocupa para sequência da temporada
MIBR VALORANT
Foto: Stefan Wisnoski/Riot Games

Pode parecer precipitação da minha parte, mas é nítido que, desde o classificatório fechado para a Esports World Cup (EWC) de VALORANT, o MIBR teve uma queda alarmante de desempenho neste fim de primeiro semestre. A queda precoce no VCT Masters Toronto de 2025 escancara ainda mais as falhas do time, que terminou sem vencer nenhum mapa, sendo este o pior resultado de um representante brasileiro na competição, iniciada em 2021.

Muitas tomadas de decisões minaram chances boas do MIBR de ter melhores performances, sem falar momentos em que esperava-se uma postura mais firme em conceitos básicos, sendo frustrados por conta de ansiedade? Afobação? Não se sabe ao certo o que aconteceu para o desempenho cair tão repentinamente. O fato é: alguma coisa precisa ser feita, pois a temporada está caminhando para a reta final e um declínio tão grande pode tirar o time da corrida rumo ao Champions Paris.

Estreia apática do MIBR contra Gen.G

Vivia-se uma grande expectativa para ver o MIBR estrear contra o vice-campeão do VCT Pacific Stage 1, a Gen.G. No que parecia ser um confronto equilibrado, com ambos os times traçando reviravoltas, rapidamente se transformou em um domínio sul-coreano diante dos brasileiros na Sunset.

Em diversos casos, o individual da Gen.G fazia mais a diferença em comparação com o MIBR, que em raros momentos teve pontos garantidos graças ao Iniciador Andrew “Verno” Maust decidindo em favor dos brasileiros. Mas isso não era o suficiente.

Com sua estrela, o duelista Erick “aspas” Santos, totalmente anulada e apagada, não havia muitas alternativas para o MIBR lidar contra o excelente trabalho tático da Gen.G, que vem se transformando em um dos grandes candidatos a vencer o título do Masters de Toronto, seu segundo na história.

Na Haven, não há muito o que comentar: simplesmente jogo de um time só. Mesmo que o MIBR tentasse alguma coisa, a Gen.G sempre tinha as melhores tomadas de decisão para combatê-los. Aos brasileiros, restava apenas arriscar, mas sem nenhum sucesso, uma derrota esmagadora por 13 a 1 na Haven.

Sinais de melhoras contra Team Liquid, mas ainda com muitas falhas

VALORANT MIBR aspas
Foto: Stefan Wisnoski/Riot Games

Diferentemente da rodada 1 o MIBR, dessa vez, se propôs a jogar mais diante de um rival direto na vida no Masters, a Team Liquid. Com seu mapa mais forte na temporada Icebox, em contrapartida o pior da equipe do EMEA, com menos de 20% de taxa de vitória, parecia que o time brasileiro voltaria a ser aquele que se esperava: forte, imponente e confiante. Mas a alegria durou pouco, com a Cavalaria dominando os rounds pistols – isso, inclusive, é outro ponto negativo do MIBR no campeonato, terminando sua participação sem vitórias nestes rounds.

Mesmo com uma postura melhor, as coisas não pareciam bem para o time. As tentativas eram boas, mas ao mesmo tempo decisões e timings não eram favoráveis em momentos chave. Com isso, a Team Liquid passava a gostar cada vez mais da partida, minando qualquer chance do MIBR de sonhar com a vitória em, até então, seu invicto mapa no ano.

Os problemas individuais, coletivos e de timing ficam ainda mais nítidos em vários momentos na Sunset, agora mapa da Team Liquid, Em algumas situações de vantagem de round como, por exemplo, o 2 contra 1 na defesa da A, quando se esperava uma postura mais fria, onde deixariam o jogador tentar o plante da Spike enquanto abriam mira juntos. Na prática, os confrontos eram isolados e toda a vantagem se esvai, complicando ainda mais a situação que já não era das melhores.

Sinal vermelho ligado?

Com a eliminação precoce no Masters de Toronto, ainda pode não ser o momento de ligar o sinal vermelho para o MIBR. A situação, entretanto, pede uma mudança drástica e rápida, principalmente se o foco é chegar em Paris. Equipes como NRG Esports e 100 Thieves, algozes do MIBR pelos classificatórios da EWC, são grandes candidatos a deixá-los de fora do mundial na França.

A parte boa nisso tudo é que Daniel “fRoD” Montanier, treinador do MIBR, entende que algo precisa ser feito. Em entrevista ao THESPIKE Brasil, o comandante da equipe concedeu entrevista exclusiva e explica que o time precisa lidar melhor com as derrotas.

“Desse ano com certeza [é o pior momento do MIBR], mas também precisamos ficar positivos porque eu sei que jogamos muito mal esse campeonato [Masters Toronto 2025]. Mas somos o terceiro time do VCT Americas e chegamos a esse ponto [de disputar o Masters Toronto 2025]. Ficamos felizes desse jeito que estamos tentando pegar experiência, jogar um campeonato internacional, mas realmente estamos muito longe de onde queremos ir para ganhar troféus. Mas ficamos positivos que o nosso ano ainda não acabou. Para nós é voltar aos treinos, focar no nosso e encontrar um jeito de superar todas essas coisas. Mas concordo que é uma fase meio ruim, resultados ruins ultimamente, mas estamos aqui em Toronto onde não têm muitos times. Precisamos ficar positivos um pouco sobre essa parte. Todo mundo precisa resetar e voltar mais forte no próximo split para tentar trazer uma visão, uma positividade um pouco mais diferente. Nosso clima precisa melhorar com certeza. Temos o split 2 para focar e o Champions também”, afirmou fRoD”, em resposta ao jornalista Bruno Povoleri.

Além disso, outros times que estarão em seu grupo, como LOUD e Leviatán, estão se reforçando para tentar salvar o ano, com a contratação de novos jogadore, principalmente novatos em franquias. Diante de todas as movimentações nos últimos dias, é notório que o MIBR precisa ficar atento em relação às últimas performances. O grupo tem potencial de crescimento, de melhora, mas precisa agir e corrigir tudo o que deu errado em Toronto antes que a temporada acabe de forma melancólica.


*Escrito por Wesley Pereira

About The Author

Lucas Bauth é jornalista especializado em esports, com mais de 6 anos de jornada. Atualmente, atua como Editor-Chefe na ExitLag, onde lidera a estratégia editorial e a produção de conteúdos otimizados para Google News. Sua paixão está em contar histórias, em uma ótica humanizada, focando em entender com profundidade os assuntos.

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